Mulheres escritoras e a luta constante de pelo reconhecimento e espaço no mercado literário.

No mês de Março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, diferente de datas comerciais, a mesma é lembrada por reivindicar igualdade de gênero e direitos pelas mulheres. 

Para homenagearmos mulheres que inspiram e apoiam diversas mulheres a buscarem sua voz, espaço e reconhecimento em áreas que ainda são predominantemente masculinas como ciência e executivo, ainda auxiliam futuras gerações de escritoras. Para isso, selecionamos cinco escritoras que merecem muito reconhecimento pelas suas contribuições literárias, confira! 

  • Chimamanda Ngozi Adichie.  

Nasceu em Enugu na Nigéria em 1977. Suas obras já foram traduzidas em mais de trinta línguas e já apareceu em diversas publicações, como The New Yorker e a Granta. Recebeu também vários prêmios, dentre eles o Orange Prize e o National Book Critcs Circle Award.   

Seus principais romances são: o “Meio sol amarelo”, que ganhou o National Book Critcs Circle, Award e o Orange Prize de ficção em 2007. “Hibisco Roxo” e “Americanah” que será adaptado para a TV pelas atrizes Lupita Nyong’o e Danai Gurira. 

Chimamanda também ganhou reconhecimento com seus ensaios sobre feminismo em “Sejamos todos feministas” e “No seu pescoço” em 2017 foi o primeiro conto da escritora a ganhar uma edição brasileira.

 

  •   Lilia Moritz Schwarcz. 

Se você se interessa pela história do nosso país e questões socioeconômicos atuais e do passado, os livros da antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz são boas recomendações. 

Professora titular no Departamento de Antropologia da USP, Global Scholar na Universidade de Princeton (EUA) e curadora adjunta do Masp, já conquistou diversos prêmios entre eles o Jabuti de Livro do Ano de 1999 com “As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos” e foi indicada três vezes para o Jabuti com a coleção “História do Brasil Nação”, em seis volumes. 

 

  • As irmãs britânicas Charlotte, Emily and Anne Brontë. 

Durante o século 18 as irmãs britânicas e várias outras escritoras como Jane Austen, publicaram os seus livros de maneira anônima ou com nomes masculinos. 

“A história ocidental é principalmente de autoridade masculina. Por isso as mulheres começaram a usar nomes ambíguos ou diretamente masculinos. Elas estavam tentando se autorizar”,  explica Sue Lanser, professora de Inglês, Literatura Comparada e Estudos sobre Mulheres, Gênero e Sexualidade da Universidade Brandeis, nos Estados Unidos em uma entrevista realizada pela BBC Brasil. 

A prática se manteve intacta até o início do século 20, até mesmo quando as escritoras eram mulheres intelectuais, de famílias da alta classe e bem conectadas. 

As irmãs Emily e Anne são autoras de “O Morro dos Ventos Uivantes” e Charlotte autora do romance “Jane Eyre”. 

Foi o que fizeram as irmãs britânicas Charlotte, Emily (Emily é autora de O Morro dos Ventos Uivantes de Charlotte, do romance Jane Eyre), que publicaram seus livros como Currer, Ellis e Acton Bell.

  •     Angela Davis. 

Mulher negra ativista, marxista, feminista, educadora e professora americana. A lutadora pelos direitos humanos, Angela Davis é figura símbolo de resistência e luta desde 1960.  

O seu livro “Mulheres, cultura e política”, é uma compilação de discursos e artigos, onde Davis apresenta uma junção de sua luta por uma mudança social progressista. A obra é também dividida em três partes, sendo elas “Sobre as mulheres e a busca por igualdade e paz”, “Sobre questões internacionais” e “Sobre educação e cultura”, cujo objetivo é abordar as mudanças políticas e sociais pelas quais o mundo passou nas últimas décadas em relação a igualdade racial, sexual e econômica. 

 

  • Simone de Beauvouir 

 

Para finalizar a nossa lista de escritoras a intelectual, filósofa existencialista, ativista política e feminista, Simone de Beauvouir sempre esteve à frente do seu tempo, a prova disso é seu livro “Segundo o Sexo”, que mesmo após 70 anos do seu lançamento é considerado atual. 

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado, que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um outro.” Desta maneira Simone inicia o seu livro “Segundo Sexo”, que completa mais de 70 anos e continua sendo um assunto bastante atual. Não é atoa que Simone de Beauvouir é uma das pioneiras da luta feminista e dos direitos das mulheres. 

fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-43592400

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